Michel Houellebecq
“Michel Houellebecq entrou definitivamente para o círculo dos escritores incómodos, essa categoria que simula tomar posições nos debates mais controversos suscitados pela própria obra. É por muitos considerado uma espécie de celebridade que a literatura francesa produziu nos últimos anos. Os seu livros estão traduzidos em 36 línguas, e uma recente adaptação de uma das suas obras para filme transformou-o em multimilionário. Numa escrita provocatória e de enorme dureza que chega por vezes a ser insuportável, Houellebecq é tanto irónico como inteligente e voluntariamente excessivo. Recentemente foi finalista do Prix Goncourt, revelando indubitavelmente a influência determinante sobre os seus leitores, as polémicas da sociedade francesa e a incrível manipulação que exerce sobre os meios de comunicação.”
“Michel Houellebecq é politicamente incorrecto, chama os nomes certos às coisas e serve-se do seu ofício para questionar a sociedade em que vivemose, com perplexidade e inquietação, reflectir sobre o nosso destino comum. Mas, da forma como o faz – recorrendo a amplas doses de humor, ironia, sarcasmo e mordacidade – acaba por incomodar muito boa gente: é esta, afinal de contas, a sua intenção fundamental e primeira.”
Cruzei-me com Houellebecq em 2001, quando reparei na edição portuguesa de Partículas Elementares. Comprei-o mas não o li. Em 2002 apareceu Plataforma, que também me chamou a atenção. Eram 2 livros com tudo para serem interessantes a entrar, impositivos, nas minhas pesquisas de escrita de autores estrangeiros contemporâneos. Comprei o segundo e li-o de seguida. O que me levou imediatamente a pegar no anterior e ficar à espera, até finais de 2006, da edição de mais um romance deste escritor, Extensão do domínio da Luta, que acabei de "digerir".